Após morte de enfermeira em UPA, família acusa namorado de agressões e homem é preso por ameaças no AC

  • 01/07/2025
(Foto: Reprodução)
Jonnavila Ruanna Mendes da Silva, de 32 anos, foi levada pelo namorado à UPA com dores no corpo e dificuldade para respirar no domingo (29). Ela teve uma parada cardiorrespiratória e morreu ainda no local. Profissionais perceberam hematomas pelo corpo que, segundo a família, são agressões. O caso é investigado pela Deam. Jonnavila Ruanna morreu na noite de domingo (29) na UPA do Segundo Distrito Arquivo pessoal A morte da enfermeira Jonnavila Ruanna da Silva, de 32 anos, provocou revolta à família na noite desse domingo (29), em Rio Branco. Ela foi levada pelo namorado, Antônio Pablo Silva Lopes, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Segundo Distrito com dores no corpo e dificuldade de respirar. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Enquanto era atendida, Jonnavila desmaiou, teve uma parada cardiorrespiratória e não pôde ser reanimada. Ainda durante o atendimento, a equipe da unidade percebeu hematomas pelo corpo da mulher, que considerou possíveis indícios de agressões, e a Polícia Militar foi acionada. É o que a família dela também acredita ter ocorrido já que, segundo eles, Jonnavila vivia um relacionamento abusivo. O casal estava junto há oito meses e os familiares perceberam a mudança de comportamento da enfermeira há cerca de cinco meses. Família e equipe médica percebeu hematomas no corpo de Jonnavila Arquivo pessoal LEIA MAIS 'Histórias de mortes são as mesmas': Acre teve quatro casos de feminicídio no 1º semestre de 2025 “A família percebeu que ela estava se afastando, que passou a usar roupa de manga de punho, não frequentava mais o ambiente familiar, não participava das comemorações no final de semana. Ela se afastou totalmente, a rede social dela foi excluída, ela não tinha mais acesso a nenhuma conta. Infelizmente, o sonho dela foi interrompido”, disse um familiar, que pediu para não ser identificado. Nessa segunda (30), a família tentou reaver os objetos pessoais da mulher, mas, de acordo com os parentes, o namorado dificultou o acesso e só com a PM eles conseguiram chegar ao apartamento onde Jonnavila vivia com Antônio Pablo. Após a retirada dos pertences, segundo a família, Antônio Pablo tentou invadir a casa da avó da enfermeira e fez ameaças. A polícia voltou a ser acionada. "Foi aproximadamente de uns cinco meses para cá que a gente começou a notar que algo de errado estava acontecendo com ela. Era uma pessoa feliz, alegre e foi mudando aos poucos. Ele não tinha muito contato com nós. Se aproximou dela e não foi muito um cara de se aproximar de nós, da família", destacou. Prisão por ameaça G1 Explica: ciclo do relacionamento abusivo Enquanto o velório de Jonnavila ocorria, na segunda, Antônio Pablo foi chamado à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para prestar depoimento sobre as ameaças relatadas pela família da enfermeira. No local ele recebeu voz de prisão e preso em flagrante pelas supostas ameaças. Nesta terça-feira (1º), ele passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, com medida protetiva para a vítima, que não teve a identidade revelada. Em entrevista ao g1, a delegada Juliana De Angelis confirmou que o delegado plantonista da Deam teve conhecimento da morte da enfermeira e iniciou as investigações. “De imediato já tomou todas as iniciativas, as diligências iniciais, de oitivas, de alguns familiares, requisição de perícias necessárias para a gente poder identificar se a causa da morte foi em razão de crimes e, enfim, se ela realmente sofria violência doméstica’, disse. Ainda de acordo com a delegada, Antônio Pablo não é considerado suspeito da morte da namorada, mas que o laudo cadavérico deve determinar se o óbito foi ou não causada por agressões. Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Rio Branco Aline Pontes/Rede Amazônica “Paralelo a essa situação, no dia de ontem [segunda, 30], durante o velório, houve uma denúncia de ameaças por parte do companheiro da Jonnavila as seus familiares e, por essa razão, o delegado plantonista da Deam lavrou o auto de prisão em flagrante por entender que se caracterizava ali uma situação de violência doméstica contra a mulher", acrescentou. Ainda de acordo com a polícia, Antônio Pablo negou qualquer ameaça contra a família de Jonnavila. O g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito. A delegada destacou que as investigações estão no início, mas que a polícia já fez diversas oitivas e mais pessoas devem ser intimadas a prestarem depoimento. “Estamos apurando se efetivamente essas lesões, essas marcas aparentes que ela tinha no corpo, são decorrentes de crime, de violência doméstica e se tem alguma relação também com a causa da morte”, finalizou. Família acredita em violência doméstica Para a família, Jonnavila era vítima de violências física e psicológica por parte do namorado. O familiar contou que ela trabalhava em uma clínica particular e também era professora universitária antes do relacionamento. Entretanto, após o início do namoro, a família diz que ela saiu dos dois empregos por conta de ciúmes. Ao ser questionada pelos familiares sobre a mudança de comportamento, a enfermeira mudava de assunto e preferia não conversar sobre. Porém, ela chegou a comentar, recentemente, sem entrar em detalhes, que queria terminar o relacionamento e tinha o desejo de se mudar para a Bolívia para estudar medicina. A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para denunciar casos de violência contra a mulher: (68) 99609-3901 (68) 99611-3224 (68) 99610-4372 (68) 99614-2935 Veja outras formas de denunciar: Polícia Militar - 190: quando a criança está correndo risco imediato; Samu - 192: para pedidos de socorro urgentes; Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres; Qualquer delegacia de polícia; Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel. Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa; Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia; WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008; Ministério Público; Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Reveja os telejornais do Acre “Paralelo a essa situação, no dia de ontem [segunda, 30], durante o velório, houve uma denúncia de ameaças por parte do companheiro da Jonnavila as seus familiares e, por essa razão, o delegado plantonista da Deam lavrou o auto de prisão em flagrante por entender que se caracterizava ali uma situação de violência doméstica contra a mulher,

FONTE: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2025/07/01/enfermeira-morre-em-upa-de-rio-branco.ghtml


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