IBGE: quase 3 mil acreanos vivem em união com pessoa do mesmo sexo
12/11/2025
(Foto: Reprodução) Censo: Brasil tem 34 mil crianças e adolescentes de até 14 anos em uniões conjugais
O Acre registrou 2.998 pessoas em uniões homoafetivas. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram incluídos no questionário amostral do Censo 2022, divulgados na quarta-feira (5).
Desse total, 948 estão em relacionamentos entre homens e 2.050 em relacionamentos entre mulheres.
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Na comparação com os demais estados da Região Norte, o Acre é o que registra o segundo menor número de pessoas em uniões homoafetivas.
O Pará concentra a maior quantidade, com 31.297 pessoas, seguido do Amazonas (17.582), Rondônia (5.160), Amapá (4.117), Tocantins (3.569) e Roraima (2.644). Ao todo, a região soma mais de 46 mil pessoas vivendo em uniões entre pessoas do mesmo sexo.
No recorte nacional, o levantamento mostra que quase 80% dos casais do mesmo sexo vivem em uniões consensuais, ou seja, sem registro formal em cartório ou cerimônia religiosa.
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Além disso, as uniões homoafetivas representaram 0,7% do total de unidades domésticas no país, o que corresponde a cerca de 480 mil lares.
Segundo os dados, em 2010 esse percentual era de apenas 0,1%, o que indica um crescimento expressivo em 12 anos.
Dados nacionais
No Brasil, cerca de 90,3 milhões de pessoas viviam uma união conjugal, dessas, 89,3 milhões estavam unidas a pessoas do sexo oposto, enquanto aproximadamente 972 mil a pessoas do mesmo sexo.
Ainda de acordo com o IBGE, 77,6% das uniões homoafetivas são consensuais, 13,5% apenas civis e 7,7% civis e religiosas.
As uniões entre mulheres representam 58,2% do total, enquanto as entre homens somam 41,8%, uma diferença que se ampliou desde 2010, quando a proporção era de 53,8% para 46,2%, respectivamente.
O Acre registrou 2.998 pessoas em uniões homoafetivas
Reprodução
O levantamento aponta também mudanças no perfil social e religioso desse grupo. Entre as pessoas em uniões homoafetivas, 31% têm ensino superior completo, um aumento em relação a 2010, quando eram 25,8%.
Já na distribuição religiosa, 45% se declaram católicos, 21,9% sem religião, 19,5% pertencentes a outras religiões e 13,6% evangélicos.
Segundo o IBGE, os dados são baseados em declarações dos moradores e não exigem comprovação documental. Por isso, podem incluir erros ou interpretações pessoais.
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